quinta-feira, 3 de junho de 2010

A morte dos peixes no Rio Balsas

A morte dos peixes no Rio Balsas por causa dos agrotóxicos começou na década de 70 com a diáspora gaúcha dentre outros povos sulistas, quando começaram por lá por causa da soja, lembro-me como se fosse.
Em Sambaíba, uma cidade às margens do Rio Balsas, onde passei minha infância, cansei de ver aquele tapete de peixes mortos descendo água abaixo,,,a mortandade era tão grande que a gente ia ao rio pela manhã e à noite e o cenário de morte era o mesmo.

Este artigo abaixo relata o que é mais comum acontecer no Rio Balsas, não entendo como este rio ainda está de pé diante de tantas agressões:

“Agrotóxico despejado em afluente deixa cobertor de peixes mortos em rio

O secretário municipal de Meio Ambiente de Alto Parnaíba (MA), Sílvio Péricles do Amaral Almeida, disse que recebeu uma grave denúncia de crime ambiental praticado no município. Moradores da localidade Serra Branca e adjacências, por volta do dia 15 de fevereiro, dizem ter visto uma grande quantidade de peixes mortos boiando no córrego Guido e rio Medonho, um dos principais afluentes da margem esquerda do Parnaíba.

A suspeita da morte dos peixes é de que tenham sido envenenados através de substâncias químicas vindas da Fazenda São Pedro I, que mantém grande área cultivada com soja e outras culturas temporárias, a mais ou menos 120 quilômetros do rio Parnaíba, no município de Alto Parnaíba.

Para os moradores da região, um funcionário da mencionada empresa rural teria se deslocado até a margem do córrego Guido, rebocando um pulverizador contendo aproximadamente 2 mil litros de inseticida, Como o trator não conseguiu arrastar o implemento agrícola, devido o peso e barranca úmida, o operador despejou o conteúdo do pulverizador dentro do manancial, ocasionado o delito ambiental.

A situação se agrava sobremaneira, quando se observa que a Fazenda São Pedro I faz limite com a APA (Área de Preservação Ambiental) das cabeceiras do rio Balsas, tributário que deságua no Parnaíba, da qual a defesa deve ser maior ainda, além de permanente.

“Impõe-se observar que o córrego do Guido é afluente do rio Medonho, por onde as criminosas conseqüências se estenderam, redundando desconforto e largo prejuízo, tanto às famílias ribeirinhas quanto à natureza, que houve afetada de modo intenso”, relata o secretário Péricles Almeida e acrescenta. “Ademais, os prejuízos das famílias foi de tamanha proporção, visto que não mais puderam utilizar as águas das referidas fontes para suas necessidades básicas. Por causa disso, foram obrigadas a escavarem cacimbas ou a buscarem água em outras longínquas cabeceiras”.

Diante do fato o secretário Péricles Almeida enviou ofício ao IBAMA, por meio do Escritório Regional de Balsas. Os fatos relatados foram testemunhados por diversos moradores das localidades atingidas, que prestaram depoimentos na Delegacia de Polícia de Alto Parnaíba.
Também foi oficiado o Ministério Público Estadual que, através da Promotoria de Justiça, deverá instaurar inquérito civil para apurar eventual prática de crime ambiental cometido pelo funcionário da Fazenda São Pedro I, ao despejar centenas de litros de agrotóxico num afluente do rio Parnaíba.’

http://www.cabecadecuia.com/noticias/42867/secretario-de-meio-ambiente-recebe-denuncias-de-crime-ambiental.html

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